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03/08/25

Não dê asas aos seus fantasmas!

Tem fantasmas que não moram em casas mal-assombradas, mas sim dentro da gente. Eles surgem silenciosos, sem correntes ou gritos, apenas com o sussurro da dúvida, o frio do medo e o peso da dor não curada. São aqueles pensamentos que se escondem atrás de um sorriso forçado, que se camuflam no “tá tudo bem” dito com a voz trêmula. Mas o perigo maior não é tê-los — é alimentá-los.

A gente dá asas aos nossos fantasmas quando acredita em tudo o que eles dizem. Quando deixamos que o medo dite o próximo passo, que a insegurança pinte o futuro com tons de tragédia e que as lembranças ruins escrevam sozinhas o roteiro da nossa vida. Eles crescem quando repetimos, como um mantra cruel: "eu não sou capaz", "ninguém vai me amar", "nada vai dar certo". Cada vez que nos abandonamos, eles crescem. Cada vez que nos culpamos por sentir, eles ganham força. E voam. Voam alto. Voam soltos.

Mas a verdade é que fantasmas não têm asas — somos nós que damos.

Não são as lembranças do passado que nos prendem, e sim o apego a elas. Não é o medo que nos paralisa, mas sim o fato de o ouvirmos como se fosse um oráculo. A dor quer ser sentida, sim, mas não eternizada. A decepção quer ser entendida, mas não pode virar identidade. O trauma precisa ser olhado com coragem, mas não deve definir quem somos. Fantasmas são criações da nossa mente tentando dar forma ao que não conseguimos entender. Mas, veja bem, entender não é a mesma coisa que se prender.

E sabe o que acontece quando a gente para de dar asas aos fantasmas? A gente começa a caminhar com os pés no chão, com o coração mais leve. A esperança volta a fazer morada, e o mundo, antes cinza, começa a revelar outras cores. Porque por mais que os fantasmas sejam barulhentos, a nossa alma ainda sussurra mais alto, se tivermos coragem de ouvir.

É preciso deixar que os fantasmas se cansem da nossa ausência. Que, sem alimento, sem medo e sem drama, eles se dissolvam como neblina ao sol. Não há libertação mais poderosa do que olhar para o que nos assombra e dizer: “eu te vejo, mas você não me comanda mais.”

Não dê asas ao que te prende. Dê asas a si mesmo.
Aos seus sonhos, à sua cura, ao seu novo capítulo.
Porque tem vida depois do medo. Tem sol depois da noite. E tem você — inteiro — depois dos fantasmas.

Mary Marques



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